No âmbito do IV Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva, a decorrer em Ourique a 14 e 15 de novembro, quisemos ouvir os organizadores do evento sobre as suas principais preocupações e expectativas em relação ao presente e futuro do setor da pecuária extensiva. A renovação geracional é uma das questões que é transversal aos dois lados da fronteira, tal como a reivindicação de medidas de apoio específicas na Política Agrícola Comum que integrem e valorizem este tipo de agricultura desenvolvida em território de montado/dehesa uma especificidade da Península Ibérica. Mas há mais. São unânimes as abordagens sobre a relevância deste tipo de produção para a proteção do ambiente e da biodiversidade, povoamento e desenvolvimento dos territórios de interior, a qualidade diferenciada dos produtos, a resiliência das raças autóctones, sanidade e bem-estar animal, entre várias outras questões.

Solicitámos aos responsáveis das entidades organizadoras para responderem a três questões que revelem as suas principais preocupações e expectativas sobre o presente e o futuro da pecuária extensiva e do seu papel para a conservação e revitalização dos territórios rurais. Os seus depoimentos vão ser apresentados nas próximas linhas.

Atenta às necessidades e principais preocupações da produção no Alentejo (FAABA), a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo enviou pedidos de audiência ao Ministro da Agricultura e Pescas e à Ministra do Ambiente e Energia, para debater assuntos relacionados com a transferência de água de Alqueva para outras regiões, avaliação da quota anual disponível para a agricultura e a construção de novos reservatórios de água no território.

Na missiva enviada ao Ministro José Manuel Fernandes, a FAABA solicitou ainda a sua disponibilidade para abordar a gestão da água pela EDIA (modelo de governança), SIRCA, Novos Focos de Língua Azul e comercialização da lã.